sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Política

Política é um assunto delicado de discutir e no entanto tão corriqueiro na boca do povo. Toda a gente opina nas leis do país e nas medidas que são tomadas, grande parte compreende mas a maioria não aceita, no entanto ninguém faz nada para mudar o rumo dos acontecimentos. A prova do que digo é esta monotonia de governos que vamos tendo, é a politica á vez, ora a semi-direita ora a semi-esquerda e não passamos disto. As coisas podem mudar um bocado, as caras e as atitudes, mas não tem adiantado muito e eis a situação económica e social que estamos a viver. Resumindo: se esteve lá um que fez porcaria da grossa, foi para lá outro que na ilusão de estar a emendar os erros, está a fazer pior e a levar-nos à ruína.
Cada um tem a sua ideologia (se é que isso ainda existe!) e eu tenho a minha que se foca na premissa, que o meu voto é e será sempre naqueles que ainda não estiveram lá e que ainda não tiveram oportunidade de provar do que são capazes. Desde que exerço o voto que o faço no mesmo partido, até ao dia que mostrarem a sua governação e me desiludirem ou não. Até esse dia, longínquo me parece, não serei um vira casacas. Daí me repudiar aqueles que votam sem convicções, que o fazem pelas caras e que alternam a cruzinha como se isto fosse um boletim do euromilhões.
Eu não gosto de políticas, de governantes, de leis, de medidas de austeridade, de me fazerem a vida negra, de ter uma situação profissional a piorar, de ver abismos sociais, de vidas glamourosas à custa do futebol, politica e televisão - os chamados intocáveis, de cismarem com a função pública como se eles fossem os culpados de tudo, de tirarem sempre aos mesmos e de quererem tirar sempre mais, por tudo isso, hoje deu-me para isto.
Deu-me para isto porque vão aumentar o IVA do gás e da electricidade e vão fazer estragos na vida de quem já tem pouco. Deu-me para isto porque vejo Grécia, Egipto e Londres em manifestações e revoltas, e vejo um Portugal pacífico, sem pêlo na venta incapaz de uma acção de desagrado, não que os outros tenham ganho alguma coisa com isso, mas pelo menos a união e a palavra de ordem estava lá. Um governo não pode ser mais forte que uma população em fúria e o que aconteceu no Egipto foi prova disso. Deu-me para isto porque vejo as coisas a piorar em vez de melhorar. Deu-me para isto porque me chocam as privatizações que o governo anda doido para fazer. Deu-me para isto porque não gosto de ver um governante já na idade da reforma a exercer e a receber num lugar que poderia ser de outra pessoa… e hoje dei o braço a torcer pelas palavras de Mário Soares que disse algo sábio, mas nada que eu ou muitos de nós não tenhamos já pensado ou dito.
Qual é a deles agora de querer vender tudo que é nacional!? Será possível que a solução para saldar as dívidas é vender Portugal aos Estrangeiros!? Cheira-me que esta medida vai-nos sair muitíssimo cara no futuro.

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